Josias de Souza
11.02.09
(josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br)
Na selva política, o progressista é um animal extremamente parecido com o liberal. Mas a primeira espécie, por ser fácil de capturar, está praticamente extinta.
Depois que as ideologias foram queimadas em praça pública, vive-se uma fase politicamente liberada. Os conservadores comem as velhas esquerdas.
É sob essa atmosfera moderna que a Câmara ofereceu à platéia, nesta quarta (11), uma cena picaresca.
O deputado Brizola Neto (PDT-RJ), saiu em socorro do colega ACM Neto (DEM-BA). Nova evidência de que o inacreditável, em política, é absolutamente crível.
O neto de Antonio Carlos Magalhães foi indicado pelo DEM para ocupar o cargo vago com a renúncia do deputado Edmar ‘castelo’ Moreira.
Imaginando-se candidato único à segunda vice-presidência da Câmara, que inclui a Corregedoria, ACM Neto surpreendeu-se com o lançamento da candidatura avulsa do deputado Manato (PDT-ES).
Daí a intervenção do neto de Leonel Brizola. Auxiliado pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho), Brizola Neto, líder do PDT, encareceu a Manato que se retirasse da disputa.
Assim foi feito. Manato bateu em retirada. E o nome de ACM Neto vai a voto como única palmeira no plenário.
O ruído que se ouve ao fundo é produzido pelos avós. Leonel Brizola revira no túmulo. ACM gargalha.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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