16 de Fevereiro de 2009, 20:24
Lisboa, 16 Fev (Lusa) - As autoridades norte-americanas estão a investigar o alegado envolvimento de altas patentes do Exército num esquema fraudulento que pode envolver 128 mil milhões de dólares de fundos destinados à reconstrução do Iraque, noticiou o jornal norte-americano The Independent.
Segundo este jornal, a quantia exacta que terá desaparecido poderá nunca ser apurada mas um relatório do Inspector-Geral Especial dos Estados Unidos para a Reconstrução do Iraque (SIGIR, sigla em inglês) sugere que os fundos desviados deverão exceder os 50 mil milhões de dólares.
Caso se comprove, a fraude será superior ao esquema fraudulento montado pelo o gestor e ex-presidente da Nasdaq, Bernard Madoff, que alegadamente terá lesado os seus clientes em 50 mil milhões de dólares, no que era conhecido até à data como a maior fraude da história.
"Eu acredito que o verdadeiro saque do Iraque após a invasão foi realizado por responsáveis norte-americanos e empresas contratadas, não pelas pessoas dos bairros pobres de Bagdad", afirmou um empresário norte-americano activo no Iraque desde 2003, citado pelo The Independent.
Os líderes iraquianos estão convencidos que o roubo ou a perda dos fundos norte-americanos e do Governo do Iraque só poderá ter acontecido se altos responsáveis norte-americanos estiverem envolvidos no esquema corrupto.
Em 2004-
Os responsáveis iraquianos foram culpados por esta fraude mas, na época, o controlo do Ministério da Defesa do Iraque estava nas mãos do Exército norte-americano, o que lança a suspeita sobre os responsáveis norte-americanos.
Os autoridades federais dos Estados Unidos estão agora a iniciar uma investigação sobre as acções de altas patentes do Exercito dos EUA envolvidas no programa de reconstrução do país, revelou o jornal norte-americano New York Times.
Este jornal adianta ainda, citando documentos judiciais, no início da ocupação do país pelas forças norte-americanas, republicanos bem relacionados receberam empregos no Iraque, independentemente da experiência.
Uma destas pessoas terá sido um jovem de 24 anos, oriundo de uma família republicana, que ficou responsável pela Bolsa de Valores de Bagdad, que teve de ser encerrada porque este jovem alegadamente se terá esquecido de renovar o contrato de arrendamento da sede da bolsa.
Na maioria dos casos, as empresas não terão iniciado ou concluído as infra-estruturas que deveriam construir, algo que não terá sido regulado devido à falta de segurança que instalou no Iraque após o Verão de 2003.
NM.
Lusa/fim
Fraudes na reconstrução do Iraque pelos EUA podem ser maiores que a de Madoff
Fevereiro 17, 2009
http://outroladodanoticia.wordpress.com/
As autoridades norte-americanas começaram a investigar o papel que algumas figuras da hierarquia militar dos Estados Unidos desempenharam no desaparecimento de 125 bilhões de dólares canalizados para a reconstrução do Iraque, e dos quais ninguém sabe prestar contas.
Pode ser a maior fraude da história norte-americana, maior ainda que a do corretor Bernard Madoff.
Um relatório do inspetor-geral para a reconstrução do Iraque adianta o número de 125 bilhões, embora não se saiba exatamente quanto dinheiro desapareceu.
Mas deve ser sempre maior que os 50 bilhões da fraude de Madoff, diz o jornal britânico The Independent.
Um dos casos investigados é o que terá sucedido aos 57,8 milhões de dólares enviados em notas de 200 para o controlador dos EUA para o sul e centro do Iraque, Robert J. Stein Jr, que até foi fotografado ao lado das pilhas de dólares.
Mas Stein é um dos poucos responsáveis dos EUA já condenados por fraude e lavagem de dinheiro, praticadas durante o período em que esteve destacado no Iraque.
Em causa estão figuras militares porque todas as responsabilidades de reconstrução do Iraque estavam ligadas ao Pentágono.
O jornal The New York Times relatou que os investigadores confiscaram os registros bancários do coronel Anthony B. Bell, que coordenava a atribuição de empreitadas relativas a diversos aspectos da reconstrução, em 2003 e 2004.
Os inspetores estão também a examinar as atividades do tenente-coronel Ronald W. Hirtle, com responsabilidades semelhantes em 2004.
As informações são do site Última Hora
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