segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"Acho complicado ter uma mulher no 'CQC'", diz Marcelo Tas

PAULA CARVALHO
Colaboração para a Folha Online
Novo cenário, novas vinhetas e novos quadros. É o que promete o jornalista Marcelo Tas para o segundo ano do programa "CQC", "Custe o Que Custar", da Band, uma das revelações da TV brasileira no ano passado e que volta à grade da emissora no dia 2 de março.
18.ago.2008/Henrique Manreza/Folha Imagem
Marcelo Tas não vê uma mulher ou mais um homem integrando a equipe do "CQC", da Band
Tas garantiu que não haverá nenhuma mudança drástica no formato que consagrou o "CQC": reportagens jornalísticas críticas e bem humoradas.
E isso significa que os sete repórteres do programa (Marcelo Tas, Danilo Gentili, Felipe Andreoli, Rafinha Bastos, Marco Luque, Rafael Cortez e Oscar Filho) não ganharão uma companhia feminina fixa --um "rumor equivocado", segundo o apresentador.
"Acho complicado ter uma mulher no programa, porque temos um ambiente de testosterona muito complexo", explicou Tas.
"Não acho que daria para uma mulher, nem um homem, entrar para a equipe fixa. Já temos sete repórteres, o que é suficiente para cobrir o dia-a-dia", continuou.
Mesmo assim, o criador do personagem Ernesto Varela disse que gostaria de ter uma mulher como integrante provisória para protagonizar um quadro novo.
"Seria interessante ter uma mulher no meio da gente", comentou.
Tas afirmou que foram criados dois quadros novos, que já estão sendo produzidos, mas que não poderia dar mais detalhes por causa da concorrência. "Fomos muito copiados", justificou.
Elogios dos argentinos
O jornalista ainda contou que, durante reuniões em Buenos Aires, a direção da matriz argentina do "CQC" ("Caiga Quien Caiga" no original) apontou como exemplo a versão brasileira do programa para os demais países que produzem o formato: Chile, Itália, Estados Unidos, Espanha e Portugal.
De acordo com Tas, os argentinos elogiaram a maneira "mais leve, mas ao mesmo tempo pontiaguda" de tratar política ou outros temas mais delicados, porque, na Argentina, "eles pegam pesado".
"Essa abordagem é mais eficiente, porque o público se identifica, porque não causa constrangimento ao entrevistado", refletiu Tas, que nessa nova edição também acompanhará mais de perto a produção.
"Saímos estimulados dessas reuniões. Este será um ano mais difícil do que o primeiro, porque é um ano sem grandes pautas, como eleições no Brasil, nos Estados Unidos, Olimpíadas", explicou.
Além disso, Tas também sabe que a pressão e as expectativas sobre o "CQC" serão maiores neste ano. "Vamos ser muito cobrados pela crítica, mas principalmente pelo público".

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