terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dissertações Sobre as Pombas

Gente, com faca de ponta, revólver engatilhado e cagada de pomba, não se brinca. Preocupado com o assunto, fui no google, pesquisei e lá catei alguma coisa:

POMBA, nome científico: AVOANTIS CAGONIS PEÇONHENTUS, se subdividem nos seguintes grupos: Pomba rola, são quase inofensivas e suas fesesinhas são rolinhas. Depois vem a pomba PU PU, que derivou do sânscrito antigo, Pomba pum pum, muito peido, pouca merda. E por último, a mais prejudicial e a que mais tem na Praça Getúlio Vargas, a pomba
Gira: Gira bosta!

Pesquisei também no google e aparece o movimento migratório delas para Santa Rosa. Isso ainda remonta a década de 20, quando para fugir da grande recessão americana, elas pegaram carona com as andorinhas e migraram para a América latina. Devido a fartura de alimentos na época, metade delas se estabeleceu na barragem dos Pilau, em Giruá. Outra metade veio para Sta Rosa e se fixaram na Praça Getúlio Vargas (na ocasião era conhecida como Praça da bandeira).

E logo, logo, a sujeira começou. O intendente da época, muito rigoroso, exigiu imediatamente a extradição delas para outro país: “ Se querem fazer cagada, vão pra Argentina!”. Devido a rigidez da ditadura getulista, acataram então a decisão e rumaram para Porto Mauá, para assim pegarem a barca do Zamberlan e atravessarem para a Argentina. Mas no trajeto a Porto Mauá, ao cruzarem por Cinqüentenário, uma fatalidade que acabou dizimando quase todo o grupo, pois como rege a natureza: “Deus criou o amor, diabo o ódio; Deus criou a bonança, diabo a ganança; Deus criou a paz, diabo criou a guerra; Deus criou o passarinho, e diabo criou o gringo pra comer o passarinho” ... e os gringos não perdoaram. E as coitadinhas das pombas, ao seu país não vão voltar pois foram mortas em Cinqüentenário: ta, ta, ta, ta, ta, ta, ta.....ratatatatá...ratatatatá...

Bem, pra encurtar a história, a raça das pombas só não entrou em extinção porque um casal, que não tinha a carta verde pra cruzar para Argentina, ficou na esquina Dunke, Tuparendi. E ao ouvirem do Luciano Filizolla, o massacre de Cinqüentenário, com medo, eles acabaram retornando a Santa Rosa. E aos poucos as gerações se sucederam, e hoje são milhares novamente. E parecem o entrevero: só cagada!

E aí entra nossa campanha ORA POMBAS, para liquidar com as avoantis cagonis peçonhentus. E para minha surpresa, a comunidade já está se preparando: ontem, ao chegar no posto Vacari, encontrei o Zamin, da etnia dos italianos cortando uma câmara de pneu de caminhão para fazer bodoques e ele esclarecia: “Porco can. Vou faze uns 150 bodoqueto e vou dá pra cada um da etnia dos italián e vamo no sábado de manhã, exatamente as 8 horas atacar por terra, de surpresa a praça Zetúlio varga e vamo detona essas pombeta e dopo vámo manhá com polenta, tuti, tuti...”.

E a informação procede, pois segundo o Luciano Filizola, o Major Abel disse que as principais artérias da cidade; como a Av. américa, a Rio Branco e a Minas Gerais estarão interditadas para que a turma dos italianos, em fila indiana e de bodoque na mão, cheguem como fator surpresa e cometam o pombicídio coletivo. O plano de ação foi minuciosamente panejado e tá tudo pronto pro evento. E inclusive, o Nelci Dani (também da etnia italiana) foi designado para ficar toda a sexta à noite em cima dum pé de uva japão, na praça, fazendo seva; atirando quirera e cuidando pra ninguém espantar as columbas cocozeiras.

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